Com apenas 21 anos, estudante Yasmin Firmino conta detalhes de sua experiência na TV: “tem que ter aquele jogo de cintura”


A jovem ministrou palestra na Semana de Jornalismo da UEPB e falou um pouco sobre sua carreira na TV “o principal desafio do repórter, quando ele está na rua, é saber lidar com as pessoas, com a notícia, sabe?”

FOTO: Leydson Jackson

Carismática, comunicativa e talentosa, é assim como podemos descrever, em poucas palavras, a promissora estudante Yasmin Firmino, de apenas 21 anos. A jovem cursa Educomunicação pela UFCG, mas já tem uma boa experiência profissional para compartilhar com o público, por isso foi uma das palestrantes da primeira Semana de Jornalismo da UEPB, promovida pelos estudantes do Centro Acadêmico de Jornalismo.


Yasmin é estagiária de produção da TV Borborema, afiliada do SBT, tem experiência nas áreas de redes sociais, reportagem, gravação de off e participou do quadro “Antenado”. Ela foi convidada para ministrar a oficina de “rotinas de produções diárias” que conta justamente sobre os desafios das reportagens do dia a dia. Algumas informações de sua rotina e experiência, você confere logo adiante. 

Sem pauta

“Você espera que tenha uma produção, porque você fica, meu Deus, como eu vou fazer? Só que eu acho que quando já está acompanhando o trabalho dos repórteres, você vai tendo mais uma noção. Foi o que aconteceu comigo. A primeira vez que eu saí foi para fazer uma matéria sobre a Black Friday, eu precisei sair sem pauta porque a gente não tinha tempo para a produção e precisava da matéria. Então, eu acho que na situação o repórter vai para campo sabendo o que ele tem para falar, o que ele tem que fazer, só que quando ele chega na hora ele vai ver como é que está a situação. Eu tive a sorte de aparecer um homem carregando uma televisão nas costas, então o meu gancho nessa pauta foi ver o que era que as pessoas estavam fazendo para levar as coisas para casa”.

Os desafios

“Eu acho que é você saber lidar com a notícia e com as pessoas, principalmente, em questão de homicídios. A gente está lidando com uma pessoa que perdeu um pai, que perdeu um irmão, entendeu? Então é muito complicado você chegar nessa pessoa que está ali sofrendo porque um ente querido morreu. Você tem que ter um pouquinho de casca dura para aprender a lidar com certas situações”.

Cautela com autoridades

“Sempre tem que ter muita cautela, são pessoas públicas, né? São pessoas que a população conhece. Às vezes você vai e coloca o nome de um prefeito ou de um governador errado isso vai ganhar uma proporção imensa, porque milhares de pessoas estão lhe assistindo. Todo detalhe que você perceber nessa questão de entrevistado é essencial, como saber o nome, o tom que você está falando. Acho que nem só com políticos, mas com as todas as pessoas, pois elas têm que ver que você está falando de uma maneira sutil, nada grosseira, entende? Eu acho que é basicamente isso”.

Jogo de cintura

“O principal problema do mercado de trabalho é a aprendizagem. Porque cada emissora tem um perfil, tem a sua maneira de fazer jornalismo. Então, tem a emissora A, tem  emissora B. Talvez eu saia da emissora A e vá pra emissora B, e aí é uma emissora totalmente diferente da que eu trabalhava. Eu acho assim, quando o jornalista é recém formado, ele tem que ter aquele jogo de cintura pra aprender, pois o mercado de trabalho não espera, principalmente na profissão da gente, que é tudo muito imprevisível, acontece uma coisa e a gente tem que se desdobrar. O jornalista recém formado tem que ter jogo de cintura para aprender rápido de fazer um bom trabalho”.

Balanço do evento

“Minha gente, eu acho um arraso porque eu nunca tinha tido a experiência de contar um pouco da minha vida dentro de uma redação. Quando eu estava apresentando pro pessoal, eu via todo mundo prestando atenção, querendo realmente saber coisas da minha vida. Minha maior vontade quando eu comecei no curso de Educomunicação era de que eu pudesse motivar as pessoas, e hoje eu estou saindo daqui com a certeza que eu motivei, não só eu, mas todos os palestrantes. Quando você pega uma pessoa  que está no mercado de trabalho e traz ela para falar com os estudantes, essas pessoas criam uma esperançazinha neles. Acho que muitos estudantes andam desmotivados. Eu sou estudante, já passei por isso, de não ter motivação, de ficar meu Deus, será que é isso mesmo que eu quero pra minha vida? Mas, a partir do momento que a Semana de Jornalismo traz pessoas que estão trabalhando na área, que estão vivenciando o jornalismo em sí, ela inspira, ela motiva, ela faz com que os estudantes não desistam. O evento foi maravilhoso, todo cuidado que tiveram, a dedicação, os mínimos detalhes, minha gente, muito bom! É essencial a presença de eventos como este para inspirar os alunos.”

Por Manoel Cândido
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